Pedrinha

Não consigo entender essa força misteriosa do universo, que faz com que as pessoas desenfreadamente abandonem seu orgulho próprio por alguém. Uns chamam de amor, eu não.
Amor é diferente. Amor é alegria, sorrisos, é sentir-se bem.
Sentir-se completo, nunca menor.
Amor é ver o sorrir no olhar, já de longe; é não perceber o tempo que passa, perder-se na contagem dos minutos, fazendo com que horas pareçam segundos; é rir sem motivo, rir com motivo, rir demais, rir mais do que devia; é não encontrar mais a força capacitadora de bloquear sorrisos, é sorrir só de ver sorrir; é ter medo de magoar, medo de não fazer-se presente, ou de estar presente demais, medo de perceber que não se fez o suficiente; é encontrar no outro, tudo que um dia buscou em si próprio; é dor que acomoda-se no peito quando se está longe; é o abraço que tira a graça de todos os outros abraços; é reparar manias, e encontrar novas depois de pensar que já se sabia todas; é lembrar a qualquer hora, por razão qualquer; querer contar sobre cada pedrinha que te cruza o caminho; é trocar e compartilhar sonhos; é sentir toda a felicidade deste mundo e de tantos outros.
Amor não pode e não deve, nunca,
fazer doer.


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