penso em ti
dentro de mim
me tocas
a alma
certos silêncios duram mais
Estou falando, sou eu que estou aqui:
o piano no terceiro andar do prédio continua tocando,
meu coração que batia aos solavancos, continua batendo,
os degraus que eu descia continuam descendo,
e os degraus que eu subia continuam subindo.
Silêncio.
Estou aqui e penso:
não foi a pressa que nos uniu e nem ela que nos separa,
não foram minhas vertigens em escadas ou todos os passos que levaram a nada,
não foram as rodoviárias, seu desamparo ou minhas retiradas.
Foi vela que se apaga,
esvoaça, vira fumaça.
O tempo é outro, mas os telhados continuam se molhando.
O vento esbarra
balança
desdobra e desmonta.
Chove.
Chove na praia
chove no vale
no asfalto e na estrada de barro
chove na montanha, chove no morro.
Chove nos olhos de quem já terminou
e agora sabe que só resta ir embora.
o piano no terceiro andar do prédio continua tocando,
meu coração que batia aos solavancos, continua batendo,
os degraus que eu descia continuam descendo,
e os degraus que eu subia continuam subindo.
Silêncio.
Estou aqui e penso:
não foi a pressa que nos uniu e nem ela que nos separa,
não foram minhas vertigens em escadas ou todos os passos que levaram a nada,
não foram as rodoviárias, seu desamparo ou minhas retiradas.
Foi vela que se apaga,
esvoaça, vira fumaça.
O tempo é outro, mas os telhados continuam se molhando.
O vento esbarra
balança
desdobra e desmonta.
Chove.
Chove na praia
chove no vale
no asfalto e na estrada de barro
chove na montanha, chove no morro.
Chove nos olhos de quem já terminou
e agora sabe que só resta ir embora.
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