Capela Sistina

É isso que acontece: eu desmaio interiormente, esbarro no senhor que passa e que consequentemente esbarra num próximo, numa sucessão de 'esbarramentos' impressionantes. Em seguida, abre-se uma fenda no chão; o céu se parte em dois e torna-se o teto da capela sistina; as nuvens tocam o chão; as paredes desmoronam e vejo que as árvores que crescem perto do rio estão marchando com milhares de pássaros pousados em seus galhos. E as folhas secas das árvores agora são notas, que uma após outra caem em intervalos dissonantes. E os pássaros param de cantar e o vento desiste de soprar. E por um instante o ar parece não ocupar o seu lugar. E o infinito torna-se finito.
É, é isso que acontece. Mas é provisório, só até acostumar com esse jeito bonito teu de olhar.

Um comentário:

  1. "as nuvens tocam o chão"

    Lindo, lindo, lindo! Esse tipo de coisa que faz a gente querer nunca mais parar de ler, sabe?

    Beijo, Camila! ♥

    ResponderExcluir